O reconhecimento da auto proclamação da independência do Kosovo, levanta duas questões graves de violação do acordo das nações: quanto á estabilidade das fronteiras internacionais estabelecidas, mais ainda, a ingerência na política interna da Sérvia. Mas é aqui que a questão parece residir. A Sérvia sai fragilizada em todo o processo de “balcanização” da antiga Checoslováquia, a posição mais conservadora e ortodoxa, as atrocidades do antigo líder, alimentaram inimizades com a comunidade ocidental. O Kosovo, com uma imagem fortalecida, lidera um processo do qual parece sair vencedor. É afinal a velha da selva. O leão simpatizou com o Kosovo, deu-lhe resguardo, e a hiena já não conseguiu atacar. No caso do Tibete, a simpatia também existe, mas já ninguém se mete com o elefante. É mesmo a velha lei a funcionar, aplicada á diplomacia internacional. Esta mesma lei, mas aplicada á economia, virá depois mostrar que uma Estado muito pequenininho não é provavelmente viável. Tem que ter uma máquina imensa só para se fazer funcionar a si próprio e assumir as funções de um Estado. É uma questão política mas se calhar os novos Estados deveriam passar a ter que apresentar um “Business Plan” num qualquer guichet da ONU, para garantir a viabilidade económica financeira antes de poderem ser independentes.
Autor: Belmiro Couto
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
hummm...
Nao sei? Nao me agrada muito a ideia do Business Plan.
1) Depende do analista, arquitecto do BP, dos seus pressupostos, que , e por mais ortodoxo e competente que este for, nao deixa de ser Humano e, desta forma, falível.
2) Depende do Modelo. A construçao do modelo. Essencialmente, mas nao só, e em funçao do que se faz actualmente, do cálculo das probabilidades (e distribuiçoes probabilísticas)associadas. Incluem um componente mágico... sao previsoes.
Na construçao de BPs, por exemplo, por parte de Empresas de Private Equity, numa tentativa de aferirem quanto "vale" uma determinada empresa em que estao interessadas, as melhores práticas (por agora) passam por observar a cotaçao do mercado, para empresas cotadas e nao cotadas (estas implicariam escrever demasiado).
Que eu saiba, até hoje nao há países cotados? A divisa nao me parece que sirva, já nao estamos em bretton-woods, nem tao pouco as taxas de juro da dívida pública, obedecem a outros objectivos e nao representam a riqueza (de nenhuma das naçoes de Smith). Utilizar o GDP de cada país, ou melhor, a previsao dos GDPs Futuros, poderia ser uma metodologia.
Demasiado economês e sinceramente nao me consigo convencer da ideia.
3) Esquecendo a estória da validez do Business Plan, por responsabilidade do analista ou do modelo, uma completa "tonteria" em que eu me fui meter, existe ainda, em meu entender, uma terceira questao.
Pedir a "um país/uma regiao aspirante a país" que apresente um BP e "mostre" que é viável economicamente para poder ser independente.... hummmm ....e se um país, digamos os EUA, mostrar que só é viável economicamente juntando-se a outro, digamos o Iraque (numa visao mais rebuscada podíamos pensar nos Açores). Ter-se-ia que obrigar o segundo a juntar-se ao primeiro? Ou deixávamos, a comunidade internacional, "cair" os EUA?
Na visao mais rebuscada, já estava a imaginar os EUA a "anexar" as Lages à luz das conclsoes presentes no seu BP.
Bom post, com uma perspectiva que dá que pensar, mas quer-me parecer que apenas com a questao política/histórica existem por esse mundo fora "lios" suficientes.
Só para deixar um forte abraço aos dois.
Bem-vindos a estas lides.
Mais um espaço que tenho obrigatoriamente de visitar.
Boa Sorte
Os meus parabéns pela inovação.
A apresentação de ideias novas, bem intencionadas, só pode contribuir para o enriquecimento de Aveiro e dos aveirenses.
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