Pode parecer estranho mas não é!
De um lado, alguém que, com os bolsos vazios, anda de mão estendida a recolher uns trocos para fazer alguma obra. Do outro alguém que, com os bolsos cheios, e também com vontade de fazer obra, promete colocar moedinhas na “mão estendida”, que as vai buscar aos bolsos dos Aveirenses.
Decifrando, falo da Autarquia trocar a licença de construção e exploração de parques de estacionamento pela construção e remodelação “gratuita” de escolas, ainda que a gratuidade seja paga com as receitas que advirão da exploração dos parques.
Se a malta estacionar, há escolas para todos. Como diria o “outro” Porreiro pá!
E se assim não acontecer? Se as variáveis mudarem, como é provável em 20 anos? Quem pagará a factura?
Na essência das parcerias público-privada está subjacente a ideia de que o risco tem de ser assumido pela parte privada em nome de uma vantagem inicial. Neste caso, a Autarquia não previu essa situação. O risco não está sequer avaliado.
Era bom, a bem do interesse das futuras gerações, que os Aveirenses exigissem uma explicação cabal e transparente deste negócio e que os decisores, eles próprios, criassem condições para alargar a discussão sobre este tema.
Desta forma cumpriremos todos, o nosso papel - os eleitos a gerir bem e os cidadãos a participar.
AUTOR: Gonçalo Fonseca
quinta-feira, 13 de março de 2008
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