quinta-feira, 3 de abril de 2008

AVEIRO SEM SOLUÇÕES?

A triste história da situação financeira da Câmara volta a ser noticia pelas mais preocupantes razões. O tribunal de contas chumbou a intenção da Câmara de se contrair um empréstimo para solucionar, no curto prazo, as situações mais dramáticas dos credores que há muito reclamam pelos seus direitos.

Este final infeliz, embora absolutamente esperado, deixa-nos na expectativa de um Plano B. Uma solução que incida sobre os problemas mais prioritários, que são muitos, mas principalmente que impulsione um novo fôlego à governação local, não permitindo perder, ainda mais, os factores de atractividade que ainda subsistem.

Os Aveirenses conhecem o início da história sobre a qual, aliás, já se pronunciaram. Conhecem também aqueles que prometeram as soluções “milagrosas” mas só a meio do mandato trataram de as fazer avançar.

E quando avançaram fizeram-no mal. Primeiro porque concentraram num só mecanismo – o empréstimo, o remédio para todos os males. Fundamentaram mal as razões, interpretaram mal a legislação e sobredimensionaram os valores, ou seja, criaram todas as condições para que o Tribunal de Contas pudesse chumbar, como aconteceu.

Ao mesmo tempo nada aconteceu. Não tiveram coragem nem mestria para reduzir os custos, não aumentaram a eficiência, foram populistas e baixaram as receitas e não cuidaram de atrair a Aveiro novos projectos empresariais que dinamizassem a economia local e criassem Emprego.
Aveiro está parado desde 2005, e no mundo em que vivemos, esta estagnação terá repercussões dramáticas no futuro. Bem mais do que todas as dívidas acumuladas.

AUTOR: Gonçalo Fonseca

2 comentários:

Anónimo disse...

Desgraças

1. o Chumbo do TC é uma infelicidade para os desgraçados dos aveirenses que têm a receber da CM

2. Outra desgraça é termos tido uma CM anterior (do Dr Souto) gastadora que nos hipotecou por 16 anos.

3. terceira desgraça é não haver estratégias alternativas quando desde Janeiro deste ano se esperava este desenlace.

4. O comunicado da CM é outra desgraça tentando esconder na palavra "densificação" as verdadeiras razões do chumbo mais que anunciado.

5. Desgraçadamente o Dr das contas ainda não percebeu que o tempo dele acabou e ainda por cima insiste em fazer só asneiras (empréstimo falhado, senhas de refeições, etc)

6. A última desgraça para Aveiro é que a coligação não funciona e a oposição não se entende nem consegue gerar alternativas credíveis.

Anónimo disse...

Não vale a pena pensar no passado ou falar do passado. O António Costa em Lx, o Rio no Porto, e até o Sócrates no governo há “séculos” que deixaram de falar da “herança” e no passado.
Os únicos que vivem como as velhinhas do antigamente agarradas ou a fazerem-se de agarradas aos seus defuntos maridos, é a “Coligação”
A candidatura de “Juntos por Aveiro” sabia o que os esperava caso ganhassem, aliás, no seu pregão eleitoral até inflacionaram a dívida, e mesmo agora continuam a fazê-lo.
Depois, aquando das eleições, qualquer pessoa perante o cenário sabia que seria mais fácil achar uma agulha num palheiro, do que o Souto perder as eleições.
Mas o certo é que as perdeu, e bem…
A 1ª linha da equipa da “coligação” foi feita de gente com bom-nome na praça pública por serem considerados, por isto ou por aquilo.
O Girão “ pai da coligação” sabe da poda, e sabia que o Zé-povinho era e é sensível a esses pormenores, embora eu pense que é de pouco interesse para uma boa governação.
Os de mau nome, os “estorvos”, que se metem nestas coisas como as pulgas se metem nos pêlos dos gatos e cães, foram no fundo da lista para não estragarem o “ramalhete” montado. E queiramos ou não, resultou, e eles aí estão.
Mas a intenção da coligação era apenas furarem a “muralha" que todos pensavam ser de aço e intransponível nos tempos mais próximos, mas isso não os impedia de acalentarem a esperança de meterem mesmo que fosse à tangencia, um vereador.
Afinal, a muralha era de vidro fininho e despedaçou-se facilmente para espanto de todos, mesmo daqueles que votaram contra, só para mostrarem desagrado ao Souto.
E assim, para mal dos seus e dos nossos pecados, caiu-lhes o poder nas mãos sem saberem ler nem escrever.
O grande estratega e avalista de tudo aquilo foi como disse o Dr. Girão.
Mas foi logo arrumado e ele próprio se arrumou também das pulgas, que sentindo o sol saltaram do escuro para o sol, para governarem a vidinha.
Mas na Coligação há gente boa, todos sabemos.
Mas também é verdade que nenhum se destaca pelas suas capacidades e inteligência. Já tiveram mais que tempo para mostrarem o que valem, e ainda não mostraram nada porque nada têm para mostrar.
Mas nem por isso se iludam que sejam tão burros assim.
É que não sei se a intenção do comportamento perante o TC foi assim tão atabalhoada e sem segundas intenções, porque ao sê-lo ,teria sido burrice a mais.
E nem que venha Deus do Céu à terra tentar convencer-me, eu não acredito que sejam assim tão burros.
Portanto tem de haver mais qualquer coisa para além do famigerado "Plano B"...