quinta-feira, 3 de abril de 2008

Uma feira para a família

Foi no século XV que D. Duarte instituiu a feira franca em Aveiro, para promover as trocas necessárias ás sementeiras na região. A feira franca, qual paraíso fiscal, permitia desenvolver o comércio, o encontro de mercadores e as trocas de produtos, desenvolvendo a região. Também em Viseu assim foi criada uma feira irmã desta, a Feira de S. Mateus para logo dar lugar ás colheitas de final da época.

A Feira de Março, ganhou tradição, afirmou-se ao longo do tempo como um evento ímpar no carácter heterogéneo que mistura comércio de pequenos artigos, arte e materiais, com a exposição de novidades em equipamentos domésticos e industriais, a mostra dos últimos modelos de automóveis, barcos e caravanas, com gastronomia, brinquedos mecânicos e espectáculos. Poucas feiras no mundo devem seguir um modelo tão diversificado e rico de surpresas, que cativa várias centenas de milhares de visitantes rivalizando com os melhores certames profissionais dos grandes centros de exposições.

Em verdade a Feira de Março, é muito mais que uma exposição, tem um lado muito humano que quer ser o ponto de encontro dos Aveirenses, não saberão tirar o melhor partido desta festa, aqueles que não lhe descobrem o lado humanista no meio de tantas novidades e diversões. É lá onde vamos visitar com interesse profissional, até já conhecemos os comerciantes de uns anos para outros, mas esta é a feira onde também passeamos com a família, com os avós, levamos os filhotes aos carrosséis, marcamos encontro com os amigos nas farturas, durante um mês seremos uma região mais humanizada porque temos a Feira de Março.

Assim se mantenha esta tradição, com muitas novidades e novos brinquedos mecânicos, mas onde o homem, a família, os amigos, são o lado revelador deste evento.

AUTOR: Belmiro Couto

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